quarta-feira, 25 de julho de 2007

Confins enfrenta atrasos e MP pede interdição

Confins enfrenta atrasos e MP pede interdição
THOMÁS BERTOZZI/LUCIANE LISBOA

Apesar da suspensão das operações no aeroporto de Congonhas em São Paulo, não houve grandes filas ontem à tarde no terminal de Confins em Belo Horizonte. A calma aparente, no entanto, escondia algo que se tornou rotina em todo país: atrasos, cancelamentos, e falta de informação. A pedagoga Adriana Coelho foi mais uma vítima do descaso. Grávida de gêmeos, no quinto mês de gestação, ela estava aos prantos na entrada do salão de embarque.
"Estou aqui há 10 horas e a cada momento me dizem uma coisa. Só agora recebi um vale-alimentação", conta. A pedagoga embarcaria para Brasília às 10h num vôo da Gol mas foi informada de que a tripulação se recusara a embarcar. Procurada, a empresa não quis falar. De acordo com a Infraero, até o início da noite de ontem, 16 vôos haviam sido cancelados no aeroporto de Confins. Outras 33 operações tiveram mais de uma hora de atraso.
Interdição O presidente do Conselho Nacional dos Procuradores Gerais dos Ministérios Públicos (CNPG) e procurador geral de Justiça de São Paulo, Rodrigo Rebello Pinho, disse, ontem, em Belo Horizonte, que o Ministério Público paulista avalia pedir a interdição do aeroporto de Congonhas. O local foi palco da tragédia ocorrida, há uma semana, com avião da TAM, onde morreram cerca de 200 pessoas.
"Há uma ação civil pública proposta pelo Ministério Público Federal de São Paulo, visando, até mesmo, a interdição do aeroporto de Congonhas que está atuando acima da sua capacidade de instalação", afirmou.


Fonte: Jornal O Tempo

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COMENTÁRIO DO JOÃO PAULO:

É um absurdo ver um país que um dia já foi referência na aviação comercial civil hoje se tornar motivo de desconfiança e temeridade. A população já não acredita mais na qualidade do serviço prestado. As empresas de aviação terão um grande trabalho pela frente na tentativa de recuperar sua imagem e o governo muito trabalho para colocar toda essa bagunça em dia.

O pior é saber que se você não pode contar com o transporte aéreo de qualidade não poderá buscar uma outra alternativa de transporte. A malha viária brasileira é precária. Transporte ferroviário praticamente não existe. Então, o que fazer?

É o momento ideal para dar um basta nessa situação e tomar as medidas cabíveis para solucionar esse problema. É importante ver onde está o erro e em qual momento tudo se perdeu, pois não é possível que um país que já foi referência nesse setor tenha se perdido de uma hora para outra.

Enquanto isso, que Deus nos ajude.

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