segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Cresce o número de cidades que tratam lixo para reduzir emissões de gás

Cresce o número de cidades que tratam lixo para reduzir emissões de gás

Cidades do Brasil, Uruguai e Argentina estão investindo no tratamento do lixo urbano para reduzir a emissão de metano e obter receita por intermédio dos MDL (Mecanismos de Desenvolvimento Limpo) criados pelo Protocolo de Kyoto. "Abrimos licitação para o tratamento do metano no aterro sanitário de Villa Domínico, com assistência do Banco Mundial", disse o secretário de produção de Buenos Aires, Eduardo Epszteyn, à imprensa local.

Ele revelou que a iniciativa inclui um componente que busca transformar essa captura de gases em bônus de carbono, tema pelo qual o Governo da Holanda também manifestou interesse. O projeto de Villa Domínico é o primeiro a ser aprovado pelo Governo argentino para ser apresentado ao Conselho Executivo do Protocolo de Kyoto como MDL.

Esses planos permitem que os países industrializados financiem aqueles em desenvolvimento e ganhem pontos em sua obrigação de reduzir emissões de gases poluentes, tornando mais fácil o cumprimento das metas de Kyoto. O pioneiro neste mecanismo foi o Brasil, onde se originou o primeiro projeto do mundo aceito como MDL pelo Conselho Executivo: a usina de eletricidade gerada pelo metano do lixo de Nova Gerar, em Nova Iguaçu (RJ).

O projeto vai capturar o equivalente a 2,5 milhões de toneladas de gás carbônico (US$ 4,5 a tonelada) e tem no Governo da Holanda seu primeiro cliente. Outro projeto, o Vega Bahia, em Salvador, já foi aprovado pela Comissão Interministerial do Clima e espera agora a avaliação do Conselho Executivo de Kyoto.

A experiência inicial no Uruguai está na localidade de Las Rosas e tem o objetivo de capturar 18.962 toneladas de metano em 15 anos.

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